Adorei visitar a exposição Frida Kahlo - Conexões entre mulheres surrealistas no México. A mostra fica em cartaz na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, de terça a domingo, de 10h às 21h, até o dia 27 de março. A entrada é gratuita, porém o número de ingressos para o evento é limitado. Portanto, se pretende ir à exposição é melhor agendar sua visita através deste site, pois está sendo disponibilizado o último lote de ingressos. Há também a opção de retirar seu ingresso presencialmente na bilheteria. Todos os dias às 10h são distribuídas senhas para visitar a exposição, tanto para o mesmo dia da retirada quanto para outras datas. Você pode retirar, online ou no local, até 4 ingressos.
Para a alegria geral, é permitido tirar fotos na exposição. Confiram algumas curiosidades sobre a mostra e vejam as fotos que eu tirei durante a visita.
A exposição reúne 30 obras da Frida Kahlo e cerca de 100 obras de outras 14 artistas nascidas ou radicadas no México. O foco da exposição são artistas mulheres, muitas delas reconhecidas no passado como "esposas" desse ou daquele artista. Aqui, elas são protagonistas. Em frente à entrada da Caixa Cultural tem este lindo painel:
"...lugar de mulher é onde ela quiser...
...pés? para quê os tenho se tenho asas para voar?"
Frida Kahlo é conhecida principalmente por seus autorretratos. Há vários deles na exposição.
Frida pintava também quadros de natureza-morta. Tratava-se de uma estratégia para representar temas vedados como a sexualidade. Ela retomou esse estilo tradicional e o subverteu, chamando as suas pinturas de "naturezas vivas".
Temas como a relação a dois, a maternidade e a família aprecem repetidamente nos quadros das pintoras surrealistas do México, às vezes desafiando aberta ou sutilmente os costumes sociais estabelecidos e os papeis do gênero. As figuras femininas predominam como eixo em volta do qual gira a família, como neste quadro abaixo de María Izquierdo. A incapacidade de Frida Kahlo de ter um filho se tornou uma obsessão. Muitas vezes representou o filho que não teve em suas pinturas.
Frida Kahlo passou por uma série de acidentes, doenças e operações ao longo de sua vida e conseguiu transformar todo o seu sofrimento em arte. Quando criança, Frida contraiu poliomielite, que a deixou com uma perna mais curta que a outra. Além disso, aos 18 anos sofreu um grave acidente de trânsito que a deixou com inúmeras sequelas. A pintora chegou a engravidar algumas vezes, mas por causa das sequelas do acidente, não conseguia levar as gestações adiante.
Frida foi casada com o pintor mexicano mais importante da época, Diego Riviera, que a ajudou a revelar-se como artista. A relação era conturbada, com traições de ambos lados.
A artista também é muito conhecida por suas roupas. Em seu guarda-roupa destacam-se peças de vestuário de povos indígenas mexicanos. A diversidade de suas roupas, joias, maquiagens e penteados trançados com fitas coloridas compõem uma estética própria com a qual ela se destacou em uma época em que era costume vestir-se de acordo com as tradições europeias. Os vestidos apresentados na exposição são inspirados nos trajes que Frida usava em sua vida cotidiana.
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