Documentos para se inscrever no programa de intercâmbio

Se você já escolheu a universidade onde quer estudar, então o próximo passo é providenciar os documentos para se inscrever no programa de intercâmbio. Verifique no edital do programa quais documentos são necessários. Aqui vai uma lista com alguns que podem ser exigidos:

1. Formulário de inscrição
As universidades brasileiras costumam disponibilizar um formulário para que os estudantes se inscrevam em seus programas de intercâmbio. Os alunos devem preencher o formulário com os seus dados pessoais. Normalmente é neste formulário que o estudante informa a universidade estrangeira em que pretende realizar o intercâmbio e também a sua segunda e terceira opção, se o programa de intercâmbio permitir.

2. Application ou ficha de candidatura
Também é um formulário de inscrição, mas da universidade estrangeira. Deve ser preenchida com os dados pessoais do candidato ao intercâmbio. A ficha de candidatura deve ser assinada pelo estudante e pelo coordenador de sua universidade e pode ser encontrada no site da universidade estrangeira.

3. Curriculum Vitae (CV)
Algumas universidades exigem que seja entregue o currículo do estudante. Há universidades que exigem o Currículo Lattes, um currículo elaborado nos padrões da Plataforma Lattes, que é gerida pelo CNPq. Este currículo se tornou um padrão nacional no registro da vida acadêmica dos estudantes e pesquisadores brasileiros e é hoje adotado pela maioria das universidades e institutos de pesquisa do país. Pode ser feito através deste link. Basta clicar em "Cadastrar novo currículo" e preencher seus dados. Não deixe para a última hora, pois o currículo só é publicado, ou seja,  só aparece no sistema depois de 24h.

4. Comprovante de conhecimento de língua
O comprovante deve ser emitido em papel timbrado pelo curso de idiomas, contendo a carga horária cursada e o nível de conhecimento da língua estrangeira.
Há universidades que exigem como comprovante uma nota mínima em um teste de proficiência. Os mais comuns são: TOEFL e IELTS, ambos de língua inglesa; DELE, de espanhol; DELF e DALF, de francês; CELI e CILS, de italiano e os exames do Goethe-Institut, de alemão.
Os países da União Europeia, em geral, seguem uma tabela comum de níveis de domínio de um idioma. A escala é dividida em seis níveis (A1, A2, B1, B2, C1 e C2), sendo A1 o nível mais básico e C2 o de domínio da língua. Normalmente é exigido para o intercâmbio pelo menos o nível B1, que é um nível intermediário, mas isso depende da universidade.
Como falei neste post, algumas universidades exigem apenas o boletim escolar, comprovando que a língua foi cursada na escola e existem ainda universidades que oferecem o curso em uma língua que não é a oficial do país. Nestes casos é necessário apresentar comprovante de conhecimento da língua em que o curso será ministrado. Há universidades na França e na Holanda, por exemplo, que oferecem o curso em inglês. Nestes casos, é necessário apresentar um certificado de conhecimento da língua inglesa.

5. Documentos oficiais da universidade brasileira
Normalmente os programas de intercâmbio exigem um CR (coeficiente de rendimento) mínimo. Se o CR mínimo exigido for 6.0, por exemplo, a média das notas do aluno, considerando os pesos que cada matéria tem, deve ser pelo menos 6.0. Além disso, é definida uma porcentagem mínima e uma porcentagem máxima de créditos. Isto quer dizer que o intercâmbio não pode ser feito nem muito no início do curso nem muito no final. Devido a essas exigências, costumam ser exigidos documentos como o boletim, o histórico escolar, entre outros.  Em geral, estes documentos oficiais são emitidos na secretaria acadêmica da universidade. Algumas universidades os disponibilizam também na internet.

6. Carta de motivação
Na carta de motivação, o estudante deverá se apresentar e falar das razões pelas quais se interessa em fazer intercâmbio. Se você estiver se candidatando a apenas uma universidade estrangeira, é importante explicar também o que o motivou a estudar naquela universidade e naquele país.

7. Carta de recomendação
A carta de recomendação deve ser elaborada e assinada por um professor da universidade, que deverá comentar sobre o desempenho acadêmico do candidato a intercâmbio, além de apresentar suas qualidades e o que mais julgar apropriado.

8. Cópias de documentos pessoais do estudante
Podem ser requeridas cópias de documentos como identidade, CPF e passaporte. Atenção às regras de passaporte da Europa! O passaporte deve ter validade mínima de três meses contados a partir da data de saída da Europa. Ou seja, se você vai fazer intercâmbio em setembro e pretende voltar no dia 10 de fevereiro, seu passaporte deve vencer a partir do dia 10 de maio. Essa regra vale para os todos os países pertencentes ao Espaço Schengen, como Portugal, França, Espanha, Itália e Alemanha. A Inglaterra, que não faz parte do Espaço Schengen, exige um prazo ainda maior, de seis meses após a data do retorno no mínimo.
Caso o estudante não tenha um passaporte válido, é possível que seja aceito na inscrição o formulário “Detalhamento de Agendamento” emitido pelo Departamento de Polícia Federal, acompanhado da cópia do comprovante de pagamento da taxa para emissão de passaporte.

9. Plano de estudos
É possível que o estudante, para se inscrever no programa de intercâmbio, tenha que estabelecer um plano de estudos, ou seja, tenha que escolher as matérias que vai cursar. Dependendo da universidade, a escolha destas matérias não é definitiva, sendo possível a troca no início do intercâmbio. As matérias podem ser pesquisadas no site da universidade estrangeira. Preste atenção em um detalhe: na Europa o primeiro semestre do ano letivo começa em setembro e o segundo semestre se inicia em fevereiro. Diferentemente do que ocorre no Brasil, as faculdades oferecem certas matérias somente no primeiro semestre e outras somente no segundo semestre. Se você pretende fazer um intercâmbio em setembro, por exemplo, escolha matérias disponíveis para o primeiro semestre e se você pretende fazer um intercâmbio em fevereiro, escolha matérias do segundo semestre.

10. Comprovantes de atividades acadêmicas
Se você participou de projetos de iniciação científica, monitoria ou se seu artigo foi publicado, é importante entregar os comprovantes destas atividades acadêmicas, que podem servir como critério de desempate.

Verifique em sua universidade se os documentos devem ser entregues em versão impressa, digitalizada ou em ambas as formas. Verifique também quais documentos devem ser traduzidos. Junte os documentos com antecedência e entregue-os de preferência na primeira data possível, pois se faltar alguma coisa dá tempo de providenciar. Depois é só aguardar a resposta... Se você for aceito receberá a tão esperada carta de aceite. Boa sorte!

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